Exposições // Passado
Curadoria:
Sara Antónia Matos / Pedro Faro
Local da Exposição:
Museu do Côa
17.03.2018 // 15.08.2018

A exposição Incisão no Tempo desenvolveu-se a partir de um convite feito pelo Museu do Côa ao Atelier-Museu, para apresentar a obra de Júlio Pomar naquele museu. O convite para expor a obra do pintor no Museu do Côa prendeu-se com o facto da obra de Júlio Pomar, sobretudo a gravura, poder ser considerada «a contemporaneidade» das gravuras do Vale do Côa.

A partir do convite, o Atelier-Museu foi visitar o equipamento museológico, da autoria dos arquitectos Pedro Tiago Pimentel e Camilo Rebelo.

Além de aspectos relacionados com a cultura rupestre e a sua interpretação, este museu integra em exposição permanente obras dos artistas Ângelo de Sousa e Alberto Carneiro assim estabelecendo uma aproximação propícia entre a arte rupestre e a arte contemporânea. A intervenção de Ângelo de Sousa no museu consiste na instalação de vários espelhos que amplificam a experiência dos ângulos do edifício e reflectem a imagem do observador que se torna observado. Alberto Carneiro concebeu uma Árvore Mandala para os Gravadores do Côa, disposta na sala O tempo da Arte, que relaciona a Arte com a Vida, a Natureza com a Cultura. A visita ao lugar, de uma beleza rara, permitiu ainda uma descida ao Vale do Côa, onde a equipa do Atelier-Museu teve a oportunidade de observar as gravuras rupestres in loco. Conhecendo a equipa curatorial do Atelier-Museu, a colecção de obras de Júlio Pomar de memória, a exposição foi concebida de imediato.

Assim, a exposição integra um núcleo de gravura de Júlio Pomar permitindo estabelecer uma relação com as gravuras do Côa e, de certa forma, fazer jus à afirmação de que o artista pode ser entendido como «a contemporaneidade» das gravuras dos antepassados do Vale do Côa.

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