Eventos
14.07.2021
17h
Conceção e Moderação:
João Mateus
Participações de:
Alice dos Reis / Aurora Almada e Santos / Carolina Novo / Diana Geiroto / Jéssica Sousa / Jesualdo Lopes / João Ribeiro / Patrícia Castello Branco / Vítor Grilo Silva / e uma contribuição em formato escrito de Odete

Quarta-feira, dia 14 de Julho às 17h, no Atelier-Museu Júlio Pomar, a última sessão do ciclo de conversas e debates “O Fim da Verdade Objetiva”, concebido e moderado por João Mateus, sobre “A Dissolução do Real”, com a participação de Carolina Novo, Jéssica Lopes e João Ribeiro.


Sinopse Geral
:

O Fim da Verdade Objetiva radica num programa de reflexão e discussão concebido para questionar modelos e paradigmas de atuação depois da inexistência de uma verdade única e objetiva. Partindo deste pressuposto relativo ao fim de uma matriz pela qual a sociedade se podia reger, importa identificar o que precede e o que substituirá esse paradigma baseado numa ideia de verdade unívoca.

A ocorrer no Atelier-Museu Júlio Pomar-EGEAC, O Fim da Verdade Objetiva consistirá assim num ciclo de conversas, debates e investigações dos quais farão parte oradores convidados de diversos campos de atividade e do saber: Alice dos Reis, Aurora Almada e Santos, Carolina Novo, Diana Geiroto, Jéssica Sousa, Jesualdo Lopes, João Ribeiro, Patrícia Castello Branco e Vítor Grilo Silva, e uma contribuição em formato escrito de Odete.

Motivado pela ideia de ausência de respostas e de diálogo efetivo que atualmente pauta a comunicação, o Ciclo contribuirá para a construção de pensamento crítico e para uma tentativa de contextualização dos paradoxos que envolvem as questões de comunicação, informação e respetivos canais de difusão, nomeadamente no domínio público e para o espaço público.

Ao longo de três sessões – Imagens Irresolutas, Comunidade & Interdependência e A Dissolução do Real – o Ciclo incidirá na atualização do domínio visual e as suas implicações no campo cognitivo; discutirá a presente fragmentação social e passará por uma especulação relativamente às “comunidades” e regulamentações que a sociedade está disposta a construir no futuro. Irá, por último, considerar como se pode ler e organizar toda a informação acessível no presente, sem, ainda assim, cair num excesso e acumulação de dados, desprovido de significado, contextualização ou legibilidade.
Tempos de crise são também tempos de transformação. Utilizemos este momento para pensar em conjunto, criando comunidade: que palavras/imagens e com que vozes nos pretendemos dirigir para o futuro e a esta transformação?


III – A Dissolução do Real / 14 julho

Uma redução da linguagem é uma diminuição e restrição daquilo que pode ser articulado, e como tal, uma limitação das possibilidades. O fim de uma suposta verdade objetiva tem impacto em quase todos os aspetos da nossa realidade, em particular, nos mecanismos que exercem a regulamentação do real.

A dissolução da palavra e a sua multiplicação semântica obrigam a que sejam colocadas, e respondidas, novas perguntas, de que são exemplo: O que constitui participação democrática em 2021? Como é suposto selecionar a informação que realmente interessa? Que visões do futuro as imagens, os discursos e os grupos de hoje permitem?

A terceira e última sessão irá assim dedicar-se à dissolução dos valores democráticos, à dissolução das palavras e à dissolução de uma determinada imagem que se tinha do real, entretanto, substituída e atualizada.

CAROLINA NOVO (1995, Vila Real, Portugal).
Investigadora. Licenciada em Línguas e Relações Internacionais e Mestre em História e Relações Internacionais pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em 2017 estagiou no Consulado Honorário da África do Sul, no Porto. O seu trabalho tem-se dedicado a questões como o terrorismo, em particular o desenvolvimento ideológico que ocorre por detrás da imagem superficial de grupos extremistas ou terroristas. Tem trabalho publicado na revista Interdisciplinary Political Studies. Atualmente desenvolve trabalho enquanto Técnica de Gestão de Projetos Europeus para a Virtual Campus.

JÉSSICA SOUSA (1996, Amadora, Portugal).
Jornalista. Licenciada em Línguas e Estudos Editoriais pela Universidade de Aveiro. Anteriormente desenvolveu trabalho para Green Savers onde realizou trabalho jornalístico e editorial dedicado à inclusão social, mobilidade, nutrição e economia. Foi vice-presidente até 2018 e presidente do conselho fiscal de 2018 a 2019 do Erasmus Student Network Group de Aveiro, onde de entre diversas atividades, foi responsável pela auditoria da atividade da associação. Atualmente desenvolve trabalho enquanto jornalista para o Jornal Económico, dedicando-se a temáticas económicas, bem como preocupações climáticas e democráticas.

JOÃO RIBEIRO (1993, Cuba, Portugal).
Designer e Jornalista. Co-Fundador e Diretor da plataforma Shifter. Licenciado em Publicidade e Marketing pela Escola Superior de Comunicação Social. Tem vindo a desenvolver trabalho enquanto designer gráfico desde 2015, tendo já colaborado com LUVIN e Live Content. Desenvolveu também trabalho enquanto formador para a EDUGEP. Desde 2013 tem-se dedicado à plataforma Shifter com o auxílio da Editora-Chefe, Rita Pinto. Enquanto Diretor Editorial no projeto referido, tem redigido e tem procurado contribuir para os debates que se desenvolvem em torno dos novos media, do progresso tecnológico e da Inteligência Artificial.

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